Illustration credit: Vecteezy

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Engenho da Serra Hotel & EcoResort - Dois dias num paraíso da pesca esportiva

Olá, amigos e leitores! Após nossas primeiras pescarias no Engenho da Serra, acabei conhecendo o proprietário do Hotel, o senhor Jamilton, e fomos por ele convidados a passar um fim de semana na Casa de Hóspedes do Engenho da Serra Hotel & EcoResort, numa data a nossa escolha. E como o potencial do local já havia nos surpreendido em pleno inverno, resolvemos testá-lo ao máximo em pleno verão, em fevereiro de 2012.

Acima das melhores expectativas

Como a Casa de Hóspedes é grande, pude convidar vários amigos e parentes. Os pescadores eram eu (Pedro), meu pai (Hilton), Luiz Flávio, meu avô (Raimundo), Ana Flávia e Paulo Roberto.
Eu e meus pais fomos mais cedo para arrumar a casa. Estava chovendo muito, mas isso não me impediu de ir para a beira do lago principal e começar meus arremessos atrás de alguma matrinxã perdida, mas de cara a produtividade superou todas as expectativas, todos arremessos resultavam em fisgada. Mas acabei não fotografando as capturas devido à chuva.
Assim que meus parceiros chegaram, a chuva deu uma trégua e aí a pescaria ficou melhor ainda. Decidi arremessar um lambari vivo no fundo com o equipamento mais pesado, e assim que virei as costas já tinha matrinxã fisgada. O fato se repetiu por algumas vezes, até que troquei a isca por salsicha e foi a vez de um piauçu ser fisgado antes mesmo de o chumbo tocar o fundo. Tudo isso em menos de quinze minutos.



Resolvi armar um equipamento mais pesado na lateral esquerda do lago, ao lado da mangueira, que era onde os surubins e tambacus preferiam ficar, mas assim que a isca bateu na água outra matrinxã atacou. 

Meus parceiros não perderam tempo e logo estavam com mais peixes na linha. O Luiz Flávio se divertiu com as tilápias embaixo do tanque-rede usando mortadela na vara lisa. 
Aqui, vale reiterar o que afirmei do relato de nossas primeiras pescarias no Engenho da Serra a respeito do alicate boga grip, que fere a mandíbula de certas espécies. Realmente o usamos no local, mas atualmente evitamos ao máximo seu uso, após tomarmos consciência dos efeitos prejudiciais desse objeto nos peixes.

As fisgadas continuaram e não passávamos dois minutos sem peixe na linha. Acabamos nem tirando foto de grande parte das matrinxãs, afinal eram todas do mesmo porte. As iscas que mais deram resultado foram o pão flutuando e pão de queijo e salsicha no fundo. 



Não importava a técnica, bastava arremessar a isca e ficar com a vara na mão que alguma matrinxã atacava rapidamente. Até dublês apareceram.




Após o almoço, eu e o Paulo resolvemos pescar algumas tilápias. Ele usou varas lisas com ração e eu um conjunto leve com pequenos pedaços de mortadela. Realizamos nossos arremessos ao lado do tanque-rede, cevando o local com ração de coelho. 


Quando começou a escurecer, preparei um equipamento leve para pescar as matrinxãs na superfície. Escolhi ficar ao lado da academia e cevei o ponto com algumas migalhas de pão, e aí a farra teve início. 




E, claro, teve peixe na linha! Devido ao tamanho do anzol e do equipamento leve, muitas escapavam no salto, mas algumas sempre saíam para as fotos. 

A última fisgada da tarde ficou por conta de um piauçu fisgado com salsicha na margem, espécie que estava menos ativa pois não conseguia competir com as vorazes matrinxãs.

Fisgadas noturnas

À noite, o Jamilton nos ofereceu um belo jantar, com direito a um delicioso peixe frito. Deixo aqui os agradecimentos de toda a nossa equipe a ele. Muito obrigado, Jamilton! 

Após o jantar, voltamos ao lago para pescarmos mais um pouco. Logo no primeiro arremesso com salsicha de fundo, o Luiz Flávio já acerta o primeiro redondo da pescaria. 


Em seguida, na mesma modalidade, fisguei um grande piauçu que tomou muita linha do equipamento leve e rendeu uma bela briga. 

Os parceiros fizeram vários dublês pescando no fundo com mortadela e salsicha, parecia que os peixes esperavam as iscas de boca aberta. 

Usando um equipamento pesado com lambari vivo atrás de algum surubim, acabei fisgando outro pequeno mas valente redondo.

O último peixe do dia foi uma matrinxã fisgada pelo meu pai com boia torpedo, chicote curto e lambari vivo como isca no meio do lago. 

Fomos dormir cansados de tantas capturas, mas animados para o segundo e último dia de pesca, já que buscaríamos exemplares maiores. 

O dia dos troféus

No dia seguinte, acabamos acordando tarde devido ao cansaço, mas logo que começamos a pescar já tinha peixe fisgado, mesmo com chuva. As tilápias foram fisgadas com mortadela na margem e as matrinxãs com pão de queijo flutuando. 


Meu tio insistiu na pesca com varas lisas e milho como isca e fisgou grandes piauçus que faziam a linha cantar alto, sem dúvida uma pescaria muito esportiva.

Na pescaria de matrinxãs, acabei perdendo uma tralha, que foi arrastada por um peixe que conseguiu arrancá-la do suporte. Fiquei chateado, mas comecei a buscar o equipamento ao redor de todo o lago com pesados chumbos e grandes anzóis, o que me tomou muito tempo de pescaria. 
Já na hora do almoço, vendo que não conseguiria recuperar a tralha, armei despretensiosamente o equipamento que estava comigo ao lado da mangueira, usando moela de frango como isca, e lá o deixei.
Após almoçarmos, convidei o Jamilton para verificar o equipamento comigo, pois estava com um bom pressentimento. E quando chegamos, a linha esticada rumo à margem comprovou minha expectativa. Não precisei nem fisgar, assim que comecei a recolher, o peixe deu cabeçadas e tomou linha, revelando ser um tambacu. 


Mais alguns minutos de cabo de guerra no equipamento pesado e logo o troféu da pescaria apareceu. Um lindo redondo, peixe de porte acima da média para o local. 




Esse foi o peixe que encerraria nossa pescaria, pois após soltá-lo guardamos os equipamentos já que começou a chover muito. Mas ainda arrisquei deixar o equipamento armado no mesmo local e, quando já estávamos indo embora, fui recolhê-lo e outro redondo atacou. Um lindo tambacu que fechou nossa pescaria com chave de ouro! 


Essa foi nossa pescaria surpreendente no verão do Hotel Engenho da Serra, simplesmente um paraíso da pesca esportiva que todo pescador merece conhecer. Espero que tenham gostado.

Por Pedro Daher