Illustration credit: Vecteezy

sábado, 27 de abril de 2013

Maceió - Turismo e Pescaria no litoral de Alagoas

Olá, amigos e leitores!
Nossa última pescaria foi, na verdade, parte de uma viagem que eu (Pedro) fiz com meus pais (Hilton e Josiane) à cidade de Maceió, capital do estado de Alagoas, realizada no início do ano de 2013. Foi uma experiência incrível, pois o Nordeste ainda era um local desconhecido por nós.

O primeiro voo

A expectativa era grande desde o início, já que eu nunca havia entrado em um avião. Saímos de Guarulhos, e após pouco mais de uma hora de viagem, desembarcamos em Maceió - e confesso que voar pela primeira vez foi uma experiência fantástica. 

Nós ficamos hospedados em um hotel na Praia da Pajuçara, já no fim da orla da cidade. A agência de turismo que organizou a viagem oferece alguns passeios opcionais, os quais optamos por Maragogi, Praia do Gunga e Praia do Francês. 

Caribe Brasileiro

Já no dia seguinte ao de nossa chegada, realizamos o primeiro passeio - este, ao município de Maragogi, considerado o Caribe brasileiro.
Após uma viagem de algumas horas de ônibus, chegamos ao povoado e fomos recebidos por guias que nos ofereceram o pacote de banho e mergulho nas piscinas naturais da região - e claro que nós aceitamos.

Para chegar às piscinas, é necessário pegar um barco - há vários deles, com saídas a cada meia hora - e fazer um percurso de cerca de quinze minutos. No local, os turistas recebem óculos ou equipamentos de mergulho profissionais (de acordo com o que solicitaram) e podem iniciar as atividades. 

A quantidade e diversidade de peixes e corais é incrível, o mergulho em Maragogi é uma atividade que eu sinceramente recomendo, experiência ímpar. Pena que passa muito rápido... 


Enfim, a pescaria

Nos dois dias seguintes, ficamos na cidade de Maceió, e aproveitamos para comprarmos alguns equipamentos de pesca. Como havíamos levado somente as carretilhas, tivemos que comprar varas, anzóis, chumbos, linhas, chicotes de pesca de praia, sabikis, e claro, os camarões que seriam nossas iscas. 
No quarto dia de viagem, fomos até a Praia do Gunga - onde eu sabia ser possível pescar. Novamente, precisamos pegar um barco para prosseguir com o passeio. 

Ainda no porto onde descemos, vi uma grande quantidade de pequenos peixes. Então, ali mesmo, começamos a pescaria. 
Eu estava usando uma vara de carretilha, e meu pai uma vara de bambu. Logo no primeiro arremesso, ele já teve ação de um peixe que achei muito parecido com uma cioba, e que rendeu uma excelente briga. A propósito, perdoem-me pelos possíveis erros na identificação das espécies, eu conheço muito pouco de peixes de mar. 

Resolvi tentar pescar como ele, "jigando" o sabiki em meio às pedras, e fisguei outra espécie bem diferente, que creio ser um michole. 

O sabiki se mostrou muito produtivo para os peixinhos, e rapidamente tínhamos mais peixes na ponta da linha. Este, acredito ser um vermelho. Vale lembrar que todos os peixes que fisgamos foram soltos.

Eu insisti na pesca de fundo, com arremessos mais distantes da margem, e conforme a maré foi subindo, peixes de maior porte foram aparecendo, fisgados no filé de camarão com chicote de dois ou três anzóis e chumbo pirâmide de trinta gramas na ponta. Inclusive, penso ser esse um pequeno exemplar de caranha, que, apesar do tamanho, é uma espécie nobre na pesca em água salgada, e poder fisgá-la foi emocionante. 


Até um belo e inusitado vermelho-henrique atacou o camarão e apareceu para as fotos. É surpreendente a diversidade de espécies em um único local quando se trata de pesca no mar. 

Como a correnteza estava ficando mais forte, troquei o chumbo por um maior e deixei um único anzol, amarrado bem próximo ao peso. Enchi-o de camarão, e lancei o mais longe que consegui. Não demorou muito, e tive uma pancada mais forte. O peixe chegou a tomar linha da carretilha, rendendo uma bela briga, até que o que penso ser uma cocoroca posou para as fotos. 

Almoçamos em um restaurante na orla da praia, e depois optamos por fazer um passeio de bugue para conhecermos um pouco mais das belezas daquela praia. Não preciso nem dizer que valeu a pena. 



Boa parte do dia foi destinada à atividade acima, então quando vimos, já estava quase na hora de irmos embora. Por isso, voltamos ao porto.
Lá, ainda tive tempo de dar mais alguns arremessos e fisgar espécies diferentes. A primeira delas foram os xareletes, que estavam em cardume por lá e atacavam com voracidade a isca.

Outra espécie inusitada que apareceu nesse fim de pescaria foi o amboré. Fisguei alguns exemplares dela em um local de águas mais tranquilas, sem tanta correnteza. 

O último peixe que fisguei antes do nosso retorno à cidade de Maceió foi outra bela cocoroca, novamente em um arremesso mais longo usando camarão no fundo.

As últimas fisgadas

A segunda e última pescaria dessa viagem foi realizada alguns dias depois, na Praia do Francês, há alguns minutos de ônibus da Praia da Pajuçara. O local é cercado por um recife de corais, fato que favorece a concentração de pequenos peixes. 

Procurei um local mais tranquilo, sem banhistas, e logo estava com as linhas na água. Enquanto aguardava algum peixe maior no equipamento de carretilha, fisguei vários jaguareçás com sabiki na vara de bambu, mas não foram fotografados pois eu estava sozinho.
Assim que meu pai chegou para me acompanhar, tive a sorte de fisgar outra espécie nova para mim: um pequeno salmonete.

No arremesso seguinte, o filé de camarão, sempre fatal, me rendeu outro belo exemplar, o troféu da pescaria. Novamente, uma cocoroca que rendeu uma boa briga e fez a carretilha cantar. 


Após soltar esse peixe, alguns pescadores chegaram e começaram a tarrafear em busca de tainhas, o que impossibilitou a pesca com vara. Por isso, encerrei a minha pescaria por ali. 

Um pouco sobre Maceió

O último dia foi destinado a conhecermos um pouco mais de Maceió. Visitamos seu centro, os mercados de venda de peixes e diversos outros pontos que, se não são tão bonitos quanto as praias da região, ao menos oferecem uma experiência de contato com culturas e hábitos diferentes muito válida - e também revelam o problema das diferenças sociais, tão intenso no país. 

O fim da nossa viagem se deu com um um passeio pela orla da praia onde estávamos, onde naquele dia ocorria a famosa Feirinha Noturna da Pajuçara. O evento conta com uma enorme quantidade e variedade de artesanatos e souvenires, parada obrigatória para turistas. 

Espero que tenham gostado das experiências relatadas acerca da nossa viagem em família para a cidade de Maceió - AL.
Abraços!

Por Pedro Daher