Illustration credit: Vecteezy

domingo, 17 de agosto de 2014

Pesqueiro Primavera - Muitas fisgadas e surpresa com uma legítima panela

Olá, amigos e leitores! 
Nossa equipe dessa vez esteve no Pesqueiro Primavera em São Joaquim da Barra - SP. Eu (Pedro), Hilton, Beto, Felipe e Raimundo encaramos a viagem no fim da temporada do mês de maio de 2014. Tivemos também a companhia do parceiro Rodrigo Marques (Reis do Lago - Franca).
Chegamos ao local às nove da manhã, e o Rodrigo já havia chegado. Assim que montamos todas as tralhas, as ações iniciaram. O primeiro peixe foi do meu avô Raimundo, uma grande carpa no fundo com ração P40 molhada na cachaça. 

Como é de praxe no local, sempre acabamos fisgando um ou outro peixe pelo corpo. Eu estava usando um equipamento bem leve (classe 6lb) e fisguei uma bela patinga dessa forma. Não preciso nem falar o quão divertida foi a briga:



A água estava muito fria, o que diminuiu significativamente o número de ações na parte da manhã. Já na hora do almoço, o Valentim, assíduo frequentador do local, acerta uma bela fisgada e retira um grande redondo fisgado com massa azeda de fundo. Fizemos o registro! 

Após o almoço, a movimentação dos peixes foi um pouco maior. Meu segundo peixe foi uma matrinxã que resolveu atacar um pedaço de muçarela próximo à margem, e conseguiu dar trabalho na tralha pesada. Nesse momento, o Beto ferrou um peixe que correu muito, na mortadela de fundo. Minha intenção era fotografar um dublê, mas o peixe dele iria demorar para se entregar...

Foi preciso mais de vinte minutos de briga para cansar o peixe dele, grande tambacu que fez sua primeira aparição do dia. Isso mesmo, primeira! Cravou os 20 quilos na balança digital. Um verdadeiro troféu de fim de temporada. Reparem que o peixe possuía algumas manchas no corpo, provavelmente devido a pancadas em outros peixes do lago... 


Cerca de quarenta minutos depois, Beto engata outro grande peixe, porém este se cansa muito rapidamente. Ao passar o passaguá, vi que ele possuía as mesmas marcas do anterior. No momento da pesagem, reparo que ele cravou os mesmos 20 quilos do anterior, legítima panela do pesqueiro. Então, após a soltura, comparo as fotos, e veio a constatação: era o mesmo peixe e na mesma isca de antes! No mesmo dia, meu tio realizou a façanha de fisgar e soltar o mesmo peixe duas vezes! Aproveito para demonstrar a diferença de porte de um peixe nos diferentes ângulos da fotografia.

Após a soltura desse peixe, começou um frenesi dos peixes de couro nas iscas de salsicha e linguiça calabresa, comportamento típico da época. O Rodrigo fisgou algumas pincacharas e meu avô tirou um jundiá-onça. 


Entre esses peixes, sempre fisgávamos alguns redondos, como o do Felipe, peixe que atacou a ração no fundo. 

E, claro, mais peixe grande! Insistindo na salsicha, foi a vez do Rodrigo de fisgar um tambacu de bom porte, peixe que briga bastante. 

Como sempre, o fim de tarde foi dos peixes de couro. Até o Hilton conseguiu garantir seu peixe do dia - a maioria das ações foi na salsicha de fundo. 



Eu estava ainda insistindo nos tambacus de maior porte. Fisguei alguns, mas não consegui retirar nenhum. Assim que escureceu e começamos a nos arrumar para ir embora, fisguei um bom exemplar. O equipamento era bem leve e a briga foi longa e demorada, fazendo eu ter que dar voltas pelo lago. Eu já estava extremamente cansado pelo tempo da peleia quando o peixe boiou. Infelizmente, no momento em que iríamos colocá-lo no passaguá, o anzol não suportou e abriu. Um dia do peixe, outro do pescador. Fica abaixo o registro do exato momento em que o redondo escapa e põe fim ao nosso dia no Pesqueiro Primavera, deixando aquele convite para retornarmos em breve...

Por Pedro Daher