Illustration credit: Vecteezy

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Clube de Pesca Lago Verde - Tambaquis e Tambacus goianos! (Parte I)

Olá, amigos e leitores! 
Hoje o relato é da primeira parte das nossas matérias de aniversário, no Clube de Pesca Lago Verde, em Goiânia - GO. O local é considerado por muitos um dos melhores pesqueiros do mundo! A estrutura sensacional, quantidade absurda de peixes e atendimento de qualidade explicam tal fama.
Nossas pescarias no local foram realizadas em março de 2014, durante uma expedição que realizamos em Goiás com o parceiro Rodrigo Marques do blog Reis do Lago, de Franca - SP. Abaixo, confiram o relato da primeira das duas pescarias que realizamos no clube:

Parte I - Conhecendo o Paraíso dos Redondos

Eu (Pedro) e meu pai (Hilton) saímos de Passos - MG de madrugada, no dia 1 de março de 2014. Encontramos o Rodrigo em Franca e seguimos viagem rumo a Goiânia. Chegamos ao pesqueiro às 14 horas e logo de cara comprovamos o potencial do local, estrutura impecável. Meu pai almoçou e foi descansar da pesada viagem, enquanto eu e o Rodrigo fomos direto para o lago 1. Havíamos reservado o píer 01 e lá ficamos por toda a tarde. 

Local de beleza ímpar, desde a entrada até a área de pesca. O clube conta com dois grandes lagos - o primeiro, em frente ao hotel, destinado apenas à pesca esportiva e o segundo, com peixes menores, destinado às pescas esportiva e por quilo - em ambos, é permitido ao pescador que se hospeda no hotel pescar 24 horas.




Ansiedade a mil, o Rodrigo montou uma tralha de cevadeira e começou as capturas usando as famosas anteninhas, de cores claras e vermelhas. Bastava um arremesso para que toda a ração sumisse, juntamente com a boia cevadeira que era arrastada para o fundo do lago. 


Eu, sem experiência nenhuma nessa pescaria, demorei bastante para conseguir fisgar e retirar um bom peixe, mas aos poucos fui aprendendo as técnicas com o auxílio do meu parceiro. Usei chicote de 1 metro de monofilamento 0,50mm e anteninhas cor caramelo. 

As capturas ocorreram durante toda a tarde, ora nas anteninhas, ora no palminho (miçanga a 20 cm de profundidade). Após uma forte chuva que o pesqueiro mostrou seu verdadeiro potencial, já que não perdíamos um arremesso sequer. Vale salientar a força dos peixes capturados: apesar de serem exemplares de pequeno porte - de 3 a 10 quilos -, todas as batalhas duraram no mínimo 10 minutos.



Meu pai chegou para pescar conosco e aí que a quantidade de redondos capturados aumentou ainda mais. Os dublês aconteciam incessantemente. Enquanto eu e o Rodrigo usávamos as cevadeiras, o meu pai pescava com tralhas classe 8 libras e linguiça calabresa no fundo. Até um jundiá-onça apareceu na pescaria de fundo! 



Em menos de uma hora de pescaria, capturamos mais de 10 redondos e não dava tempo de usar mais de uma vara. Até um cágado fisgado por mim apareceu na pesca de fundo com linguiça. 




De repente, um descarrego insano na minha tralha mais leve que estava com linguiça próxima à margem deu início à maior briga da tarde. Uma batalha com longas corridas na superfície denunciava um gigante até aí nunca registrado pela nossa equipe: o sonhado tambaqui! Após mais de 40 minutos de briga - fazendo jus à fama de peixe de água doce de escamas mais forte do mundo -, o monstro prancheou e posou para as fotos. Ali estava o peixe que nos levou ao Lago Verde, missão cumprida!


Já estava escuro quando um grande amigo de Goiânia e assíduo frequentador do Lago Verde, Alex Feliciano, chegou para nos acompanhar. Assim, tivemos uma verdadeira aula de pesca com ele, e mais exemplares apareceram. 

Mesmo na pesca noturna os peixes continuaram muito ativos! O Alex garantiu os tambas usando mortadela flutuante; meu pai e o Rodrigo optaram pela pesca de fundo com mortadela e fizeram um belo dublê; eu quis continuar na cevadeira mesmo na escuridão total, mas usando pequenos pedaços de pão usando um chinú 8 e também fisguei os meus redondos. 



Após essas capturas, a pescaria no lago foi encerrada e fomos jantar. Porém, como éramos hóspedes, pudemos continuar pescando. Eu e o Rodrigo voltamos ao lago e continuamos a pescar. Eu iniciei as capturas fisgando alguns pequenos redondos na cevadeira com pão.

 Vocês acham que meu parceiro ficou para trás? Que nada! Aproveitou para testar a técnica de mortadela flutuante que o Alex havia nos ensinado e acabou engatando uma enorme encrenca no equipamento leve.

 Mais de 20 minutos de puras adrenalina e força foram necessários para cansar o troféu da noite, mais um verdão para nossas lentes! O primeiro tambaqui do pescador, este com uma coloração muito mais bonita e acentuada.


Como estávamos muito cansados da viagem, resolvemos ir deitar e continuar no outro dia. Passamos uma excelente noite no hotel às margens do lago e às 5:30 da manhã já estávamos arremessando nossas iscas. Iniciamos a captura com um dublê - o peixe do Rodrigo fisgado na cevadeira e o meu com calabresa na margem. 


Depois, tivemos uma paradeira de ações que só foi interrompida por um belo tamba fisgado com muçarela na tralha leve.
 E antes de irmos embora, o Marques ainda garantiu uma linda tambatinga com ração na pinga a 15 cm de profundidade; um lindo peixe que encerrou a primeira parte da nossa pescaria no paraíso dos redondos.

Abaixo, um pouco do que foi nossa pescaria nesse lugar incrível: 


Assim, seguimos viagem rumo ao interior de Goiás, pois ainda tínhamos seis dias de pesca com a missão de fisgar os gigantes do estado...

Por Pedro Daher