Illustration credit: Vecteezy

terça-feira, 12 de maio de 2015

Clube de Pesca Lago Verde - Tambaquis e Tambacus goianos! (Parte II)

Olá, amigos e leitores! 
O relato de hoje é da última parte da nossa pescaria em Goiás, em março de 2014, com a companhia do pescador Rodrigo Marques, da Equipe Reis do Lago
Então, após pescarmos por cinco dias no Rio Araguaia, decidimos retornar ao Clube de Pesca Lago Verde, já seguindo viagem de volta. 

Parte II - O Retorno ao Paraíso dos Redondos

Chegamos ao local no dia 08 de março às 14 horas e eu e o Rodrigo fomos direto ao quiosque 2 do Lago Principal; como meu pai estava cansado por dirigir de Luiz Alves a Goiânia - GO, resolveu não pescar. Pescaríamos apenas naquela tarde, pois teríamos de seguir viagem ainda de madrugada. Apesar do pouco tempo, estávamos animados pois havíamos aprendido um pouco das manhas do local para fisgar os maiores peixes.
Logo de cara, o Rodrigo acertou um grande tambacu na boia cevadeira usando anteninha com miçanga vermelha. Ao mesmo tempo, em sua vara de fundo que estava com mortadela, tivemos outra ação, que eu fisguei e briguei. Sendo assim, abrimos a pescaria com um dos muitos dublês.

As fisgadas continuaram para o meu parceiro, que insistiu na mortadela de fundo no meio do lago. Era incrível, em menos de trinta minutos de pescaria já havíamos fisgado mais de quatro peixes.


Assim que eu montei meus equipamentos, arremessei uma vara com um pequeno pedaço de geleia de mocotó no meio do lago e continuei iscando os outros equipamentos. 
Minha tralha envergou lentamente; eu fisguei, acreditando ser um peixe pequeno, e deixei a vara no suporte. Após alguns minutos, fui recolher e o peixe ainda estava lá. Uma briga diferente, com muito peso e nenhuma corrida, nos revelou um gigantesco tambacu! O peixe se entregou facilmente e posou para as fotos,para depois ser devidamente solto.


Continuamos a produtiva pescaria com muitas fisgadas, seja na cevadeira com miçanga vermelha ou no fundo com mortadela e geleia.

Após muitas fisgadas de peixes menores, fomos surpreendidos por outro gigante: o Marques fisgou uma enorme tambatinga no fundo com mortadela, peixe que brigou por mais de vinte minutos antes de se entregar.

Armei meu equipamento leve com linguiça calabresa encostada na margem, pois era ali que eu havia fisgado meu primeiro tambaqui alguns dias atrás. Não demorou muito e a vara envergou. Logo de cara uma corrida de mais de trinta metros já indicava um grande tambaqui verdão na ponta da linha! Muita briga foi necessária para retirar este exemplar, o primeiro da tarde.


A pescaria com boia cevadeira começou a ficar improdutiva no fim da tarde, então insistimos no fundo e mais exemplares foram fisgados.

Meu pai chegou para nos acompanhar e rapidamente estava com um peixe na linha. Comecei a filmar e de repente minha vara que estava com calabresa enverga novamente e outro monstro sai tomando linha enlouquecidamente - essa cena pode ser conferida no vídeo que se encontra no fim do relato. Nesse meio tempo, o Rodrigo também fisgou um tamba e quase fizemos um triplê, mas o peixe do meu pai escapou na margem. De qualquer forma, mais tambaqui para as fotos!


Os peixes menores continuaram a animar nossa tarde, com direito a tambacus com uma linda coloração como este do Rodrigo. 

Até meu pai tirou o azar com uma pequena tambatinga fisgada no equipamento ultralight, tendo uma bela briga. A essa altura, a bateria das máquinas já havia se esgotado e estávamos improvisando como pudíamos com celulares.

No fim da tarde, tivemos uma paradeira geral que só foi interrompida quando estávamos indo jantar. Meu equipamento com um pequeno pedaço de mortadela envergou e o Rodrigo fisgou, tendo um tranco forte como resposta; a linha havia enroscado com a boia de outro pescador que estava pescando no bar. Fui até lá, desenrosquei e quando vi, a carretilha estava no nó. Saí correndo, recolhendo a linha, e quando vi que o peixe ainda estava fisgado, devolvi o equipamento ao parceiro para que ele retirasse o exemplar. A briga durou cerca de meia hora, com longas corridas e muita força, até que outro tambacu grande entrasse no passaguá.


Estávamos recolhendo os equipamentos, quando acabei tendo uma pancada seca e uma briga que aparentava ser algo diferente. A suspeita foi comprovada quando outro grande tambaqui veio nadando rumo à margem e entrou no passaguá sem brigar muito; ele havia se enroscado todo na linha e isso fez com que não desse suas características corridas. O terceiro verdão do dia!


Ainda capturei outra pequena patinga num equipamento que estava com mortadela flutuante, antes de guardarmos as coisas no carro e jantarmos para seguir viagem.

Assim nos despedimos desse lugar que é um dos melhores pesqueiros do Brasil - e arrisco dizer do mundo -, com a certeza de que voltaremos para fisgar seus gigantes redondos.
Abaixo vocês podem assistir ao vídeo que resume os melhores momentos da nossa segunda pescaria no surreal Clube de Pesca Lago Verde. 



Por Pedro Daher