Illustration credit: Vecteezy

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Pesqueiro do Tio Neno - O dia das pincacharas

Fala, meus amigos e leitores.
Eu (Felipe Marques) vou apresentar para vocês um novo local de pesca em São Joaquim da Barra - SP, o Pesqueiro do Tio Neno. É um lugar com muitos peixes de couro e redondos, principalmente pacus, patingas e pincacharas (híbridos resultantes do cruzamento entre pintado e cachara) - na verdade é uma piscicultura onde é permitido pescar. 

Eu já tinha pescado no Tio Neno antes, e peguei muitos pacus e alguns piauçus com peito de frango no fundo, mas dessa vez eu queria pegar os grandes peixes de couro.



Para essa pescaria, em novembro de 2013, saí de casa já depois do almoço, passei num mercadinho da cidade, comprei algumas iscas (salsichas, queijo etc.) e fui direto para o pesqueiro.
Chegando lá, notei muita movimentação das pincacharas na superfície, o que me fez imaginar que o dia seria delas, e meu palpite estava certo. Consegui até fotografar uma se preparando para o bote na salsicha flutuando que joguei para cevar. 

Empolgado, coloquei minhas linhas na água, usando equipamentos pesados com linha 0,70 mm para evitar que os peixes se enroscassem, arremessando a salsicha a quatro metros da margem.
Mas aí começou a chover muito, e eu me escondi embaixo de uma árvore. Depois de uns quinze minutos, uma das varas que estava com salsicha de fundo foi envergando bem devagar, eu corri e fisguei.
A briga demorou bastante, e a chuva parou um pouco, ajudando nas fotos, e depois soltei o peixe, pincachara grande.

O tempo foi limpando e abrindo aos poucos, e os peixes foram ficando mais ativos. Perdi muitas fisgadas e puxões, mas consegui tirar mais um peixe de couro, um pouco menor. A isca foi novamente a salsicha. 

Na correria de todas as varas puxarem, perdi um peixe enorme que saiu tomando linha com tudo e quebrou o anzol no meio.
Fiquei chateado mas continuei a pescar, e não demorou para o alarme da carretilha cantar, e termais uma briga muito forte no fim do dia antes de escurecer. Mesmo no equipamento pesado o peixe demorou muito a se cansar. Mas eu consegui tirar o troféu do dia, peixe comprido e muito gordo. 

Continuei pescando quando escureceu, e aí parecia que os peixes estavam loucos passando fome, era só arremessar que já puxava, mas os peixes estavam cortando muito a linha. Então eu usei um empate de aço bem pequeno, e consegui tirar uma espécie diferente, um pacu, que até saltou durante a briga. Esse foi com peito de frango no fundo. 

Mas o último peixe do dia tinha que ser uma pincachara. Arremessei na lateral do lago um pedaço de salsicha, e o peixe pegou na caída, mas era a vara mais leve e fina. A briga demorou muito, tive que fazer muita força, mas venci a batalha e soltei o peixe. 


Esse é o Pesqueiro do Tio Neno em São Joaquim da Barra - SP. Recomendo. Abração!

Por Felipe Marques

sábado, 16 de novembro de 2013

Pesqueiro Primavera - Um dia simplesmente insano

Olá, amigos e leitores! 
Nossa última aventura, há um mês atrás no Pesqueiro Primavera de São Joaquim da Barra - SP realmente fez jus ao título da matéria. Eu (Pedro), Hilton, Raimundo, Felipe Souza e o amigo Otávio Filocon conseguimos, ao conversar com o proprietário William, agendar uma pescaria num dia sem nenhum outro pescador.
Como de praxe, pegamos estrada ainda de madrugada e percebemos que o tempo colaboraria naquele dia. 

Às oito da manhã, já estávamos com as linhas na água, e o primeiro peixe apareceu logo no meu primeiro arremesso: uma linda pincachara fisgada com pão de queijo no fundo. Na sequência, o Felipe também garante seu primeiro peixe usando massa, uma carpa.  


Os peixes de couro estavam frenéticos! Mais alguns minutos, e um equipamento mais pesado que eu havia deixado no canto do lago com peito de frango canta fricção, revelando peixe bom na linha! A corrida denunciava: um enorme jundiá-onça (ou pintado-real, híbrido entre o jundiá amazônico e o surubim pintado). 


Na sequência, fui premiado com o primeiro troféu do dia, um peixe que não capturava há tempos!
No equipamento mais leve que tínhamos, usando um grande pedaço de muçarela num anzol wide gap 3/0, fisgamos uma linda baby pirarara! Grata surpresa, um peixe incrível que animou nossa manhã e rendeu uma briga fantástica. Essa e outras batalhas com os gigantes do Primavera podem ser acompanhadas no final do texto, em um compilado dos melhores momentos.


Com uma rápida parada no frenesi dos bagres, conseguimos enfim investir na pesca dos redondos. Seguindo a experiência do William, pescamos com fígado de frango sem chumbo, com anzol chinú direto na linha, e não demorou muito para que os primeiros peixes aparecessem. 


Enquanto isso, na margem oposta, Felipe e Otávio também fisgaram seus primeiros redondos, usando massa de farinha de trigo como isca. 


E ainda antes do almoço, mais fisgadas. Nass mais diversas iscas, as mais diversas espécies. Com salsicha e muçarela, fisgamos uma boa quantidade de patingas, enquanto as carpas entraram no equipamento dos peixes de couro, com peito de frango. 




Após a pausa para o almoço, era já de se esperar que os grande exemplares aparecessem na parte da tarde. E foi o que ocorreu, logo no primeiro arremesso do Otávio, usando massa de fundo. Um grande tambacu que fez o molinete cantar, mas se cansou e entrou no puçá! 

O fígado de frango seguia imbatível na quantidade de ações e, mesmo que com exemplares de menor porte, a diversão foi garantida. Até um lindo dourado apareceu. 


A pescaria seguiu agitada, com direito a vários dublês o tempo todo, mas que acabavam escapando. Perdemos ainda alguns tambacus de bom porte fisgados com muçarela, mas não desanimamos.
Enfim, a batida esperada. Um equipamento mais pesado iscado com linguiça calabresa de fundo envergou lentamente, respondi com uma fisgada firme, e o molinete cantou.
Muitos minutos de tensão, arrancadas secas e progressivas, rebojos e briga na superfície indicavam uma panela. E foi o que aconteceu, um legítimo gigante do Primavera posou para as fotos, com direito a triplê acompanhado de exemplares fisgados no fígado de frango.



Os peixes de couro também, vez ou outra, marcavam presença nas iscas mais próximas da margem, seja no peito de frango ou linguiça. Mas a isca da vez realmente era o fígado de frango, garantindo diversos redondos. 




Outra espécie que por vezes nos surpreendeu foi a matrinxã. Enormes exemplares foram fisgados nas iscas mais próximas à margem (salsicha e peito de frango), dedicadas às pirararas. 


Enquanto isso, o fígado de frango continuava garantindo um frenesi de capturas e diversidade de espécies. 





Uma das capturas que merecem destaque nessa tarde foi o troféu do meu avô Raimundo. Ele, que devido à idade, chegou a pensar que não conseguiria brigar com um exemplar de bom porte, fez bonito ao fisgar um grande tambacu com pão de queijo de fundo, e trouxe o peixão para as fotos! 


Com a chegada do fim da tarde, insistimos no uso de tilapinhas como isca, e não preciso nem dizer que o resultado foi surpreendente. Como esperado, uma ampla diversidade de espécies e peixes de bom porte fisgados, com direito a vários dublês. 



Mas a última e mais surpreendente briga do dia ainda estava por vir, e foi justamente na tilapinha como isca que ela apareceu. O William disse que os grandes tambacus atacavam a cabeça de peixe vorazmente na boca da noite. Então, peguei meu equipamento mais pesado, destinado a pirararas, e cortei o peixinho que estava nele, deixando apenas a cabeça. Arremessei no meio do lago e coloquei a vara no suporte.
Não demorou muito e algumas cabeçadas sutis fizeram a vara envergar ligeiramente. Liguei o alarme da carretilha, deixei o peixe correr um pouco, e fisguei firmemente. Fui surpreendido pela corrida que obtive como resposta, o peixe não tomou consciência do equipamento e fez o alarme cantar alto.
A briga se estendeu de forma apreensiva por vários minutos, até que enfim o enorme exemplar se rendeu ao equipamento pesado e entrou no puçá. Mais um troféu para a contagem, encerrando nosso dia de pesca da melhor maneira possível! 


Como prometido, abaixo um vídeo com um resumo do que foi esse insano dia de pesca no Pesqueiro Primavera. 


Espero que tenham gostado.
Abraços!

Por Pedro Daher