Illustration credit: Vecteezy

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Pesqueiro Córrego das Antas - Uma tour com os Baguás de Glicério (SP)

Fala, galera!
Desde criança, eu (Diego da Fishway Pesca) sou apaixonado pela pesca esportiva, e cativo uma paixão especial por um pesqueiro em específico, o Córrego das Antas, em Glicério - SP! Há algo naquele lugar que é incomparável e indescritível, além de ser o pesqueiro mais insano e desafiador do Brasil!
Vou ser sincero com todos os amigos que estão lendo esta matéria: fui ao Córrego 5 vezes até hoje, e apenas na última vez acertei uma boa pescaria; não porque o pesqueiro é ruim, mas sim porque ele exige técnicas mais avançadas para se capturar os gigantes.
Porque é tão desafiador pescar no Córrego? Isso deve há um conjunto de fatores, entre eles podemos destacar:
- As dimensões do lago são enormes, o que deixa o peixe mais disperso na água;
- A maioria dos peixes são muito grandes, o que os torna mais ariscos;
- Alguns pontos em específico são mais produtivos do que outros;
- Comportamento do peixe é muito variável, o que exige ter uma disponibilidade maior de iscas;

Sem mais delongas, vamos ao relato e no decorrer do texto vou indicando quais técnicas deram resultados na pescaria.
Nessa pescaria, no início de 2018, fiquei no Córrego por 2 dias, e o ponto que escolhi é conhecido como: “bagaceira”, que fica à direita do restaurante, é praticamente no meio do lago, e é um ponto muito conhecido por ser bom tanto para a captura de Pirararas quanto para a captura dos tambacus e tambaquis.

No primeiro dia o pesqueiro estava lotado, e o peixe manhoso, tive apenas uma ação ao longo de
todo o dia, porém por volta das 18:00 horas o pessoal começou a ir embora, o que deixou o Córrego
quase que vazio, a partir daí foi um peixe atrás do outro.

As iscas que estavam fazendo sucesso era cabeça de tilápia no fundo com arremessos bem no meio do lago, e lesma no torpedo com chicote de 2 metros. A pescaria com boias cevadeiras não se mostrou muito produtiva, pois as tilápias estavam muito ativas, e não deixavam com que os tambas se aproximassem da ceva.

Assim que escureceu, quem deram as caras foram as pirararas, todas elas capturadas na cabeça de
tilápia próxima à margem.




No dia seguinte, os peixes continuavam manhosos, mas estavam mais ativos ao longo do dia. E assim, foram várias capturas, porém boa parte deles acabou escapando. Mas ainda assim, bati meu recorde de tambacu capturando um exemplar de 22 kg.

Na parte da tarde, a conversa foi com o verdão! Em todas as minhas idas até o Córrego das Antas, o objetivo sempre foi de capturar um tambaqui legítimo, e em todas elas, ele acabava levando a melhor.
Mas dessa vez a sorte estava do outro lado, a minha boia que ficou quase o dia todo na água afundou com uma enorme explosão, e na primeira corrida eu já tinha certeza que era ele! O peixe acabou se enroscando em 5 linhas de outros pescadores, brigou por quase 1 hora e de forma bem suja entrando em meio das estruturas, mas após isso acabou resistindo e saindo para foto, sendo devolvido em seguida, verdão merece água!


Mais tarde, fui presenteado com outro tambaqui, mas dessa vez na cabeça de tilápia, na vara de pirarara. Foi um verdadeiro cabo de guerra para tirar o peixe da água, mas valeu a pena todo o esforço. Um legítimo verdão gigante do Córrego das Antas, meta concluída.

Para fechar com chave de ouro essa pescaria, saiu uma bela pirarara capturada na cabeça de tilápia na tralha leve.

Abaixo, segue um vídeo dessa pescaria, com o apoio de amigos pescadores do Córrego.


Por Diego Cintra

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