Illustration credit: Vecteezy

domingo, 29 de março de 2015

Pesqueiro Lago Azul Monte Sião - Morada de enormes tambacus mineiros

Olá, amigos e leitores!
Nossa segunda pescaria do ano de 2015, mesmo decidida de última hora, foi insana e fisgamos uma quantidade absurda de peixes - também pudera, as notícias do Pesqueiro Lago Azul Monte Sião eram as melhores possíveis. Confiram!

As melhores notícias possíveis

No início de janeiro, como de costume, eu (Pedro) passei parte das férias escolares na casa de parentes paulistas - e claro que aproveitei para pescar. Mas foi na volta para casa que passamos pela cidade de Monte Sião - MG, e eu não poderia deixar de visitar o Pesqueiro Lago Azul Monte Sião. Eu havia recebido notícias recentes do local, onde haviam sido soltos novos tambacus nos lagos esportivos e eles estavam muito ativos. O Lukas e o Pedrinho, filhos do proprietário Waldemir, fisgaram muitos enormes redondos - o pão flutuando estava sendo a isca da vez. Além disso, até as grandes pirararas estavam ativas!



Vendo tantas fotos de peixes grandes, não resistimos e resolvemos ficar na cidade por dois dias. Como Monte Sião é conhecida por turismo comercial de roupas, minha família tinha muito o que aproveitar enquanto eu iria atrás dos gigantes... 


Encarando as dificuldades

Combinei com os dois meninos e com os outros amigos que eu havia feito no pesqueiro em outras ocasiões de todos nós pescarmos juntos. Devido ao trânsito movimentado nas estradas no período de férias, acabei chegando mais tarde no local, que já estava lotado. 


Nosso espaço reservado era o aterro entre os dois lagos, para podermos explorar ambos. E logo que colocamos as linhas na água, o Pedrinho abriu a contagem com uma matrinxã na salsicha flutuando. 
Na sequência, mais peixes fisgados: um tambacu que atacou a isca de jabuticaba no fundo e outra matrinxã na superfície. O garoto começou com tudo no lago de baixo! 


Do outro lado do lago de baixo, o pescador Lucas Westhöfer capturou grandes tambacus usando pão flutuando na boia torpedo, com chicote de cerca de um metro de comprimento. 

Outro amigo que estava conosco, o pescador mirim José Augusto Teles, pôde pescar por pouco tempo, mas isso não o impediu de fisgar seu exemplar com pão flutuando. 

Foi só pouco depois do meio dia que engatamos nosso primeiro peixe bom. Era a vez do Lukas de brigar com um baguá do lago de baixo que atacou o pão flutuando com anzol robaleiro 2/0 direto na linha. A explosão tirou a monotonia do lago e após cerca de quinze minutos de briga o peixe se entregou.


Mesmo com pesqueiros lotados, não desanimamos. Eu e o amigo Alisson Pepi ainda estávamos sem fisgadas, mas a vez do Alisson veio primeiro com um inusitado e enorme cascudo fisgado na massa. 

Eu só fui fisgar meu primeiro peixe no fim da tarde com as dicas do grande parceiro Diego Santos - que me aconselhou a usar fígado de boi no fundo. E não demorou muito para eu fisgar um dos únicos catfishes do lago de cima! 

Com o fim da tarde chegando, a aposta no fígado de boi foi certeira. Foram várias fisgadas - de peixes pequenos, é verdade, mas que num dia difícil devido à lotação do pesqueiro, fizeram nossas diversão. 


Esticadinha insana

Assim que o pesqueiro fechou, o Waldemir nos convidou para pescarmos mais um pouco. Meu pai, que chegou para me buscar, também pescou conosco. 
Logo nos primeiros arremessos, fizemos um triplê: meu pai fisgou um redondo no lago de baixo com pão na boia torpedo, o Lukas um gigante com pão direto na linha e eu no lago de cima capturei uma patinga com fígado no fundo. Como o tamba do Lukas era outro grande, demorou bem mais para sair! 


Quanto mais escuro ficava, mais freneticamente os peixes atacavam no fígado de fundo. Foram dezenas de pequenos redondos, com direito até a um piauçu nesse meio. 




Em um determinado momento, estávamos com todas as varas engatadas - o fígado era a isca! Vários dos peixes fisgados escaparam, mas eu, o Pedrinho, o Alisson e o Diego conseguimos registrar um quadriplê. 


Ainda consegui um tambacu um pouco maior comedor de fígado no lago de cima para encerrar nossa farta pescaria do dia da melhor forma possível. E, como não poderia ser diferente, a última ação foi de um peixe provavelmente enorme que estourou a linha multifilamento de 50 libras - deixando aquele gostinho de quero-mais... 

Fui convidado pelos amigos de Monte Sião para comermos um sashimi na casa do amigo pescador Leandro Cabral, como forma de comemoração do dia de pesca. Teria como recusar um convite desses? 

Manhã dos gigantes

Voltando ao hotel onde eu estava hospedado, insisti que queria pescar pelo menos um pouco na manhã seguinte no pesqueiro. E eu consegui convencer meu pai de ficarmos até as dez da manhã...
Combinei com os meninos de começarmos bem cedo nossa pescaria, para aproveitarmos ao máximo, e às sete horas eu já estava lá.
Meus primeiros arremessos foram com boia torpedo, chicote de quarenta centímetros e isca viva de pequenas tilapinhas. Foram três lançadas e três peixes em seguida!



O Lukas arremessou um equipamento no lago de baixo usando cabeça de tilapinha e foi ao restaurante buscar algo para comermos. Assim que ele saiu, sua vara envergou e mais um peixe estava na linha. No mesmo instante, minha vara com fígado de boi no fundo deitou e fisguei. Em seguida, a boia com tilapinha afundou o Pedrinho fisgou, três peixes na linha!
O Lukas veio correndo nos ajudar, e eu passei um equipamento para ele. Após alguns minutos de briga, conseguimos mais um triplê de belos peixes para nossas câmeras. 

Em tão pouco tempo de pescaria, já tínhamos fisgado belos peixes, então resolvi persistir na tilapinha atrás de um peixe maior. Enquanto eu conversava com o Waldemir, a boia afundou novamente. Falei para o Lukas fisgar e ele gritou: "Pega aqui que é peixe bão!"
Como eu estava usando um equipamento mais leve, a briga se estendeu por bastante tempo, trabalhando o peixe com calma para não escapar. Assim que ele entrou no passaguá, tive a sensação de dever cumprido: um bom redondo do lago de cima posou para as fotos, meu maior peixe no local até então.



O Pedrinho resolveu tentar novamente a jabuticaba de fundo no lago de baixo e já na sequência fisgou um lindo tambacu, mais um para a contagem em menos de uma hora de pescaria.

Eu e o Lukas notamos alguns tambacus movimentando-se ao lado do cano de caída de água do lago de baixo e resolvemos arremessar o pão flutuando direto na linha para tentar fisgar algum. 
Vários arremessos foram feitos e nada além de rebojos manhosos. Então, eu molhei um pedaço de pão, coloquei no anzol fazendo uma espécie de pelota e arremessei, fazendo com que a isca afundasse bem lentamente. Minha linha começou a esticar e dei uma fisgada forte, tendo como resposta uma enorme resistência. Avisei que havia engatado um peixe enorme e, usando uma vara para linhas de 6 libras, a briga demoraria muito. 
Dito e feito, muito peso e corridas lentas e contínuas revelariam um gigante. Foram necessários cerca de quinze minutos até que o baguá boiou e entrou no passaguá! Sem dúvida, um dos maiores redondos que eu já fisguei e meu recorde no pesqueiro até então. 


Nada melhor do que entrar na água e se molhar com um bichão desses, sensação única que torna o pesque e solte ainda mais especial.

Assim que eu soltei o exemplar acima, meu pai chegou para me buscar e, enquanto eu organizava meus equipamentos, o Lukas acertou a boca de outro tambacu gigante, mas este no lago de cima, usando o pão flutuando. Após várias corridas rápidas, mais um tamba entrou no puçá, peixe de bom tamanho para encerrar com chave de ouro!


E foi com essas memórias que segui viagem. Mas assim que cheguei em casa, recebi a notícia de que o Max Henrique, outro colaborador nosso, estivera no Lago Azul Monte Sião ainda naquela manhã e fisgou outro troféu, tambacu enorme capturado com cabeça de tilápia no fundo no lago de baixo. Pesqueiro aprovadíssimo com a confirmação de ser a morada dos redondos no sul de Minas! 

Assim é o Lago Azul de Monte Sião, que vem ganhando reconhecimento entre os pescadores de redondos por possuir enormes exemplares em seus lagos. Mais uma vez, deixo meu agradecimento especial ao Waldemir e sua família pelo atendimento impecável e pela amizade, assim como nas nossas primeiras pescarias no Lago Azul Monte Sião.
Abraços!

Por Pedro Daher

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