Illustration credit: Vecteezy

sábado, 7 de março de 2015

As gigantes Piraíbas do Rio Araguaia - Busca e conquista da "Mãe de todos os peixes"

Se tem uma coisa que aprendi nesta pescaria é que a conquista de sonhos e objetivos é fruto de fé e perseverança. Sem essas duas virtudes, não conseguiria realizar o feito que almejava desde pequeno...
A pescaria que relatarei abaixo foi realizada há exatamente um ano, durante a primeira semana de março de 2014. Por que, então, esperar tanto tempo para escrever? Primeiro, pelo simbolismo que um aniversário de um ano representa; o segundo motivo vocês verão no final do texto.
Bom, vamos ao que interessa!

Retorno ao Rio dos Sonhos

Pescar no Rio Araguaia é sempre um sonho; independentemente de quantas vezes visitemos o rio de águas turvas e caudalosas, a emoção e a adrenalina correm no sangue de qualquer um que agende uma viagem até lá - principalmente dos amantes das piraíbas. E comigo (Pedro Daher) não foi diferente.
O frio na barriga começou quando, em agosto de 2013, eu e meu pai (Hilton Daher) convidamos, em uma pescaria juntos, o pescador Rodrigo Marques - da Equipe Reis do Lago de Franca - SP, que viria a se tornar nossa parceira - para uma expedição ao distrito de Luiz Alves, em São Miguel do Araguaia - GO. Rodrigo - que nunca tinha feito pescaria pesada em rios - demonstrou estar extremamente interessado em conhecer os gigantes do Araguaia e cogitamos a possibilidade de uma pescaria no local no ano seguinte. 
Ao ligar para o Tatinha, guia com quem pescamos no local nos dois anos anteriores, fomos convidados a pescar na cheia - período pouco explorado pelos pescadores experientes de peixes de couro-, logo após a abertura da temporada de pesca. 
Como iríamos em três, o companheiro de Franca optou por pescar em outro barco, assessorado pelo Nica, grande conhecedor dos bagrões e irmão do Tatinha. Assim, agendamos a viagem e começamos os preparativos.
Combinamos de antecedência que pernoitaríamos em Goiânia - GO, no Clube de Pesca Lago Verde; lá, realizamos uma ótima pescaria de redondos: Clube de Pesca Lago Verde, o Paraíso dos Redondos - Parte I

Após as emoções com os tambas, seguimos viagem rumo a Luiz Alves - GO, com direito a muita chuva, coisa que eu nunca havia visto em terras goianas.


As primeiras impressões do Araguaia

Chegamos ao distrito no dia 2 de março, onde fomos muito bem recepcionados pelo amigo Vieira, gerente do Hotel Beira Rio. Logo notamos que o Araguaia estava extremamente cheio, fator que complicaria muito a pesca tradicional de piraíbas, pela dificuldade em definir os pontos onde elas se alimentam nessa época.

Fomos conversar com o Nica - que guiaria sozinho para nós no primeiro dia, já que o Tatinha ainda estava em uma empreitada rio abaixo - e tivemos notícias de pouca movimentação de peixes grandes naqueles dois primeiros dias da temporada, o que nos desanimou bastante.
Convidei o Rodrigo para arriscar uns arremessos com isca natural em frente ao hotel após jantarmos, pois essa sempre foi uma pescaria bem produtiva. Após muita insistência, conseguimos registrar um pequeno barbado, primeiro peixe do parceiro no "Corgão", que acabou se tornando o assunto da noite.

Voltamos ao quarto e resolvemos dormir o mais cedo possível, pois ainda de madrugada sairíamos para pescar.

Surpresas lago adentro

Ao amanhecer, já estávamos descendo o rio rumo ao Lagoão, uma das lagoas formadas por antigos meandros que só pode ser acessada na cheia.


Foi necessário atravessar áreas de vegetação densa e estreitos caminhos de água por mais de uma hora, até que finalmente alcançamos o famoso lago.
Apoitamos num poço mais fundo e descemos as linhas para capturar as cachorras que se alimentavam no local. Porém, ao jigar o lambari que estava no anzol, o Rodrigo acabou fisgando uma enorme corvina, abrindo o dia.

Mas as esportivas cachorras-largas não decepcionaram, e foram fisgadas usando sempre pedaços pequenos de branquinhas, que estavam escassas.


Ao mudarmos de ponto, tivemos as primeiras ações da famigeradas piranhas, que já de um tamanho considerável, ofereciam até uma certa esportividade. Vez ou outra, um peixe diferente como a jurupoca abaixo atacava a isca e surpreendia o pescador.


Até que uma batida mais forte no equipamento do meu pai, seguida de algumas corridas curtas, revelou uma grata surpresa: a famosa cachara! Mesmo pequeno, é um peixe lindo e de captura excepcional  em seu habitat natural.

Fomos almoçar fora do lago e, enquanto isso, armamos os equipamentos para as pirararas,  mas estas não quiseram atacar nossas iscas. O jeito foi aproveitar a paisagem local.



 No fim da tarde, o equipamento pesado do Rodrigo começa a puxar lentamente e, de repente, a linha pareceu boiar. Falei para que ele fisgasse e o inusitado aconteceu: um grande mandubé (ou palmito)  apareceu para a foto após atacar o candiru que estava no anzol! Tal feito foi motivo de risadas pelo resto do dia...

Esse peixe fez parte do nosso jantar, pois ninguém é de ferro! Vale ressaltar que a Cota Zero em Goiás proíbe o transporte de peixes, mas permite que eles sejam consumidos no local da pescaria, desde que respeitando as medidas mínima e máxima (com exceção de piraíba, pirarara, pirarucu, jaú, bargada etc. que só podem ser capturados esportivamente).
À noite, ficamos conversando a respeito da pescaria fraca e sem ações dos monstros que buscávamos, e estávamos muito desanimados. Mas o Nica garantiu que isso mudaria na manhã seguinte.

A primeira grande batalha

No dia 4 de março, lá estávamos nós, prontos para buscar as gigantes do Araguaia, agora com a presença do guia Tatinha. Descemos o rio em dois barcos até um local conhecido como Chapéu de Palha. Ao apoitarmos para pegar iscas, disse ao Rodrigo, que estava sozinho com o Nica, para trocar o empate de aço pouco confiável de sua tralha pesada, visto que eu já havia perdido grandes peixes em outras oportunidades após os cabos estourarem. Então, o troquei por um J-Hook 12/0 com cabo de aço 150lb e falei que seria com aquele anzol que ele pegaria um dos grandes
Eu, meu pai e o Tatinha descemos o rio atrás dos mandubés e os dois ficaram na entrada de um braço do rio pegando alguns candirus.
Acabamos achando um cardume de fidalgos e palmitos que fizeram a nossa diversão enquanto aguardávamos os sumidos bagrões.


O Rodrigo acertou um enorme candiru e resolveu iscá-lo no anzol 12/0 que fora trocado por mim mais cedo. Então, - não me pergunte porque - ele fotografou a isca antes de soltá-la. Mal podia imaginar que aquele peixinho iria mudar nossa sorte alguns minutos depois...

Fomos subindo o rio em busca do outro barco e logo ouvimos um grito dizendo que haviam engatado o peixe! Rapidamente juntamos os dois barcos para auxiliar o Rodrigo na briga e comecei a filmar o parceiro, que estava perplexo pela força do exemplar.
Logo na fisgada, o reel seat (parte onde se encaixa a carretilha) da vara - Maruri Savara 30-60lb - quebrou e o equipamento - carretilha Penn Senator 114HL - ficou literalmente rodando na mão do pescador. Por isso, foi necessário que o Tatinha ajudasse no manuseio da tralha durante grande parte da batalha.
Não há palavras para descrever tal momento, apenas acompanhem o vídeo da emocionante realização de um sonho de pesca:


Até mesmo um casal que acompanhou a retirada da gigante se emocionou, pois não via um peixe daqueles há anos no Araguaia. Era a estreia premiada do amigo na pesca pesada e também a primeira piraíba do Nica na cheia, motivo de muita comemoração devido à dificuldade de se encontrar um monstro desses com o rio naquelas condições.


O bagre, que mediu exatos 180 cm, é o recorde pessoal do Rodrigo e o primeiro grande exemplar capturado na temporada 2014 em Luiz Alves. Uma grande conquista que merece nunca ser esquecida!


Na pescaria de gigantes, a soltura é um momento especialmente emocionante, pois indica respeito ao adversário que realiza sonhos, permitindo que ele volte à vida e cumpra seu ciclo reprodutivo.

Após a captura, escolhemos nosso local de almoço: uma mata alagada onde antigamente funcionava um hotel. Lá, os piloteiros prepararam um ótimo churrasco enquanto conversávamos sobre os resultados do dia.

A pescaria na parte da tarde foi extremamente desgastante para mim. Ficar dois dias sob um sol escaldante sem ter ação alguma dos grandes de couro no nosso barco era frustrante, mesmo com a captura de uma piraíba pelo outro barco. Além disso, eu estava apresentando sintomas de uma possível insolação.
As únicas fisgadas que tivemos foram de alguns mandubés de médio porte e infindáveis candirus na pesca de fundo com pedaços de branquinha.



Mas se dentro da água os peixes não queriam nada conosco, de fora a natureza dava um show à parte. Assim é o Araguaia, que encanta pelos detalhes todos aqueles que se aventuram em suas águas.



Chegando ao hotel, fiquei refletindo acerca da minha obsessão em fisgar uma piraíba realmente grande - minha meta era um peixe literalmente maior que eu. A frustração e a ansiedade que qualquer pescador já sentiu num momento como esse são devastadoras, e fazem com que não aproveitemos a essência dos pequenos momentos. Passei a noite acordado pensando nisso...

Acreditar é preciso

Quando acordamos, eu não estava muito bem devido aos efeitos da exposição excessiva ao sol e cogitei não ir pescar, mas os parceiros, após um sermão, praticamente me obrigaram a ir!
Não soltamos os equipamentos pesados na parte da manhã; nossa aventura se resumiu em descer até um ponto conhecido como Porto do Tambor (nas proximidades de onde a piraíba fora fisgada no dia anterior) e entrar em canais do rio para tentar capturar iscas. Enquanto os guias tentavam os piaus, eu fiquei pinchando uma isca de subsuperfície e a única ação foi de uma piranha-vermelha (até elas estavam escassas...).


Além da piranha, conseguimos uns seis piaus e uma única papa-terra - que teria virado nosso almoço se o Nica não garantisse que ela iria salvar nossa pescaria. 
Ainda arriscamos as piraíbas, mas nenhum dos barcos obteve resultado.

Enquanto o Nica aquecia a churrasqueira, eu e meu pai ficamos pescando na margem oposta, usando pedaços de carne como isca. Em menos de cinco minutos, fisguei um fidalgo e meu pai um belo barbado.


De repente, uma batida mais forte nos surpreendeu. Tomadas de linha rápidas e alguns saltos premiaram meu pai com um mandubé enorme, o maior que já fisgamos! Lindo peixe que voltou para a água após as fotos.


Paramos numa margem alagada e armamos as redes para descansarmos um pouco enquanto o almoço não ficava pronto.
Não preciso nem dizer sobre um churrasco preparado às margens do Araguaia, almoço na barranca tem sempre um sabor especial.


No almoço, tomei uma bela bronca do Nica, que me falava que eu não fisgaria o almejado troféu se continuasse desanimado daquele jeito; conversamos muito sobre fé, confiança e astral na pescaria. Naquele momento, decidi mudar minha perspetiva e me dedicar ao máximo para conquistar meu objetivo.

Premiado por um gigante

Enquanto os parceiros descansavam, eu troquei os empates de todos os equipamentos pesados por outros mais resistentes (classe 200lb). Na minha tralha mais pesada - carretilha Penn Senator 115L2 com 500 m de monofilamento Max Force 0,92 mm e vara Star River Combat 180 - coloquei um anzol Maruseigo 40 por recomendação do Tatinha. Voltamos ao rio já no fim da tarde, quando a temperatura estava mais amena. 
Iscamos metade daquela única curimba no anzol e a soltamos num dropoff  ou pé-de-banco (parte onde se tem um aumento na profundidade do rio logo após um banco de areia), subindo o rio por mais de 300 metros.
Ao apoitarmos, olhei para o ponto - onde a água parecia ferver - e me lembrei do local onde, no ano anterior, realizei um sonho de infância ao fisgar meu primeiro filhote de piraíba. As condições do poço eram aparentemente as mesmas e eu, meio que por intuição, disse em voz alta: Aqui o peixe sai!
Como que para comprovar a importância de confiança e dedicação para se cumprir uma meta, a vara começou a deitar e chamar fricção. O Tatinha fisgou, me passou e disse para confirmar algumas vezes pois o peixe ainda não havia sentido o anzol.
Quando eu me dei conta da situação, a carretilha estava com menos de 100 metros de linha e o piloteiro acelerava o barco para que eu recuperasse linha. A adrenalina num momento como esse é indescritível, as pernas e braços bambeiam ao imaginar o tamanho do monstro que está na ponta da linha. Acompanhem o embate com um gigante no vídeo abaixo:


Após quase 40 minutos de muita força, eu já não aguentava mais e dividi o fardo da briga com o meu pai; afinal nada mais justo do que meu parceiro de barco e mestre na pescaria também sentir a emoção de brigar com uma piraíba gigante.
No momento da medição, a surpresa: exatos 190 cm, maior piraíba da semana e maior peixe já capturado pela nossa equipe! Nesse momento, eu estava chorando e tremendo; não acreditava no tamanho daquele bagre que estava ali, no meu colo. Fui literalmente premiado por um gigante, que me deu a oportunidade de aprender que só alcançamos nossos maiores objetivos com pensamento positivo e muita insistência.





 Capturar uma piraíba - mãe dos peixes na língua tupi-guarani-, peixe lendário que tanto mexe com o imaginário dos pescadores e exige técnicas específicas para sua pesca, foi uma das maiores emoções e oportunidades de aprendizado que eu já tive na vida. No momento da soltura, só agradecia a Deus por aquela oportunidade que eu dividia com o meu pai e com os parceiros.

Depois de soltar o bagre, resolvemos parar de pescar e voltar ao hotel, pois nosso dia já havia valido a pena. Ainda tivemos tempo de apreciar o famoso pôr do sol do Araguaia, como se fosse uma despedida daquele dia tão marcante.

Já na cidade, conhecemos os pescadores Marcos e seu filho, que logo se tornaram nossos amigos e também estavam em busca dos gigantes goianos. Eles pescariam com o Cosme, mais conhecido como PitBull, irmão mais velho dos nossos guias.

Um peso-pesado em meio à diversidade de espécies

No penúltimo dia, descemos o rio novamente, pois era a única região onde estavam ocorrendo ações.
Armamos as varas pesadas em cerco (barcos lado a lado) e acabamos encontrando um cardume de mandubés a poucos metros do barco, onde o meu pai e o Rodrigo fisgaram diversos deles. O mandubé, por ser um peixe de couro que se alimenta na meia-água e salta quando fisgado, garante muita emoção ao pescador que utiliza um equipamento balanceado (até 15lb).
Abaixo, vejam algumas das capturas deles:


Estávamos prestes a mudar de ponto quando minha vara pesada iscada com um piau inteiro começou a envergar lentamente; nem precisei fisgar, pois segundo o Tatinha era uma grande arraia e ela já estava fisgada!
Mais uma briga de gente grande com muita linha na água e muito peso garantiram a emoção da manhã. Apesar de não ser uma espécie que corre ou toma linha, sua captura é uma experiência válida.
Confiram abaixo o vídeo da batalha e as fotos com a enorme arraia-maçã:




Almoçamos e resolvemos subir o Araguaia na parte da tarde para buscarmos as pirararas, já que meu pai ainda não havia tirado seu peixe grande e queria um exemplar. Porém, elas não quiseram aparecer e não tivemos mais ação dos monstros.
Em compensação, a pescaria de mandubés continuou muito produtiva, garantindo mais um vídeo:



O parceiro Rodrigo, que preferiu descer mais o rio, realizou a proeza de capturar alguns belos apapás - ou douradas - no fim do dia, que são peixes muito esportivos tradicionalmente capturados apenas com o rio mais baixo e na superfície.


Voltamos ao hotel um pouco mais cedo para descansarmos e aproveitarmos o último dia de pescaria. Mas antes, conversamos com o Marcos e ele nos relatou que havia fisgado esta linda pirarara na boca do Lago do Varal usando cachorra como isca!

Melhor maneira de encerrar o dia e nos deixar animados para a despedida! Parabéns, Marcos, lindo peixe!


Despedida do rio de ouro

No dia 7 de março, optamos por subir o rio até um ponto muito conhecido na região: a Fazenda Montaria. Nosso desejo ainda era fisgar alguma pirarara, então dedicamos toda a manhã em pontos como margens, galhadas e saranzais.
Meu pai teve uma ação violenta logo no primeiro ponto; a provável pirarara saiu cantando fricção sem buscar enroscos, mas acabou escapando antes de soltarmos o barco.
Enquanto esperávamos os gigantes, aproveitamos para registrar a majestosidade do Araguaia e suas águas douradas. São imagens como estas que ficam registradas na memória do pescador.


Em todos os pontos que paramos tivemos ações. Algumas supostas pirararas pequenas e as muitas arraias estavam atacando bem, porém não estavam engolindo a isca e erramos muitas fisgadas.
Meu pai acertou a boca de uma arraia-de-fogo que enganou até ao Tatinha - que pensou que era uma pirarara. Apesar de não ser nosso foco, é um peixe muito bonito (apesar do perigo dos ferrões) e uma espécie que o meu velho ainda não tinha capturado. E, claro, se é peixe grande teve vídeo!




Quando nos encontramos para almoçar, propus aos parceiros que pernoitássemos no Lago Verde novamente, na volta para casa. Eles toparam de imediato e isso nos animou bastante.
Na parte da tarde, entramos no Rio Crixás - afluente do Araguaia - para tentar encontrar alguma pirarara, mas infelizmente nenhuma quis atacar nossas iscas. Acabamos tendo algumas ações de botos, que até aí não tinham aparecido nessa pescaria.

E se a sorte não estava do nosso lado, no barco do parceiro Marcos o filho do pescador mostrou muita habilidade e tirou da água mais uma enorme e colorida pirarara no mesmo local da primeira! Parabéns ao Marquinhos, pescaria entre pai e filho no Araguaia com direito a troféu é indescritível.

Como sempre, a natureza do Rio das Araras Vermelhas nos surpreendeu. Até um pequeno baiacu-da-Amazônia (Colomesus spp.) posou para nossas lentes.


Se a busca pelos bagrões falhava, o Marques surpreendeu até o Nica, garantindo uma enorme dourada pescando no fundo! Foi o último peixe que registramos nessa pescaria tão especial, literalmente fechando nossa viagem com chave de ouro.


E o Araguaia se despediu de nós com toda sua exuberante beleza, deixando aquela saudade que um paraíso da natureza e da pesca esportiva como este sempre deixa nos pescadores.


Voltamos ao hotel apressados em arrumar as tralhas, pois ainda teríamos de brigar com os redondos de Goiânia no dia seguinte (que será assunto de um próximo relato...).

Assim encerrou uma das melhores viagens e pescarias da minha vida. Aprendi - num dos lugares que eu mais gosto de visitar - a acreditar e me dedicar para conquistar meus sonhos. Enquanto deixava para trás as águas turvas e caudalosas do Rio Araguaia por algum tempo, eu tive a certeza de que numa próxima oportunidade elas estarão lá, prontas para surpreender e ensinar mais uma vez...

E, como prometido, devo outra explicação a respeito da demora para a publicação deste relato!
Então, além da realização do sonho da piraíba gigante, a pescaria acima me permitiu realizar outro sonho de infância: escrever para a Revista Pesca & Companhia, uma das maiores do segmento. Publicada na Edição 235 de julho de 2014, a matéria As Rainhas do Araguaia na cheia retratou as peculiaridades da pesca de piraíbas na temporada chuvosa em Goiás. Além disso, a Busca pelo peixe gigante do Araguaia ainda foi tema do caderno de turismo da [Foco] Magazine, revista de entretenimento de Passos - MG, em novembro de 2014. Foram conquistas que eu e meus parceiros nunca esqueceremos!

Bem, espero que tenham gostado do relato! Críticas e sugestões são sempre bem-vindas.
No mais, obrigado a todos que nos acompanham.
Abraços! 

Por Pedro Daher

3 comentários:

  1. Relato impar...
    Que venham novas pescarias
    Abraço parceiro
    Rodrigo Marques

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    1. Meu parceiro, muito obrigado por tudo!
      Que venham muitas e muitas pescarias.
      Abração

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  2. Nossa que matériaaaaa . Parabéns Pedro, duas Piraíbas lindas, vocês merecem . Shoooow

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