Illustration credit: Vecteezy

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pesqueiro Matrinchã - Primeiros troféus e a Redescoberta pelo FlyFishing

Olá, amigos e leitores! Dessa vez venho apresentar-lhes o Pesqueiro Matrinchã, em São Sebastião do Paraíso - MG. Esse local é muito especial, pois foi lá que nossa equipe surgiu. Eu (Pedro) aprendi a pescar no Matrinchã, e foi lá que pela primeira vez me interessei pela pesca de exemplares de grande porte.

As grandes pincacharas das "gaiolas"

De início, acompanhava meu pai na pescaria de tilápias. Mas com o tempo, observando os pescadores capturarem grandes tambacus e pincacharas, acabei me interessando por aquela pescaria.
Por muito tempo, eu me dediquei na pescaria dos bagres no lago das gaiolas, e em outubro de 2010, ainda muito novo, consegui fisgar uma enorme pincachara com salsicha de fundo, que era meu recorde pessoal na época.

Meu pai me acompanhou na evolução da pesca de peixes de couro e também fisgou algumas das grandes, mas usando tilapinha viva na boia torpedo.

Depois, outras pescarias nos fizeram parar de frequentar o pesqueiro. Só tive notícias do local quando meu amigo Gustavo e seu pai Julio me mandaram fotos da pescaria de tambacus que realizaram no lago esportivo, usando como iscas salsicha e mortadela na boia torpedo. 


Primeiro contato com o Fly

Foi em setembro do ano passado que retornamos ao Matrinchã, num dia frio e com muito vento. Tudo o que consegui fisgar foi um pacu de pequeno porte que não fotografei. Como sempre, meu pai preferiu pescar tilápias e também não teve sorte. 
Mas já no fim do dia, conheci um pescador que estava usando um equipamento de FlyFishing. Ele havia fisgado várias carpas naquele dia e eu aproveitei para tirar algumas dúvidas sobre a modalidade, que tanto me atraía. E ele, além de me explicar, ainda se propôs a me ensinar a pescar naquela modalidade.
Confesso que não arremessava quase nada, mas acabei sendo premiado com uma linda carpa-espelho que resolveu atacar a miçanga na margem. O Daniel - esse era o nome do pescador - me ajudou e passou dicas para que eu conseguisse brigar com o exemplar. Só tenho a agradecer a ele pela paciência com um iniciante.
E, claro, a carpa saiu para as fotos!


Improviso atrás das carpas

A partir daí, a paixão pelas carpas e pela modalidade de flyfishing surgiu. Mesmo sem possuir os equipamentos de pesca com mosca, retornei ao Matrinchã com o meu avô em busca das carpas do lago dos tanques-rede. Tentamos adaptar a pesca com miçangas aos molinetes que tínhamos disponíveis, usando pequenas boias de arremesso ou chumbos minúsculos, e acabou dando certo. Além das miçangas, também usamos ração na pinga do próprio pesqueiro.

Como não havíamos levado máquina fotográfica nem passaguá, as fotos foram feitas pelo celular e sem tirar os peixes da água. 


Fisgamos algumas boas carpas durante o dia, o que foi um grande feito para dois pescadores que não tinham noção de como capturar essa espécie. Foi uma pescaria muito divertida e produtiva. 

Finalmente, a pesca com mosca

Mas a vontade de pescar novamente com o equipamento de fly era grande. E foi no fim de 2011 que ganhei meu primeiro kit da modalidade, um conjunto mais simples da marca Martin classe #5/6.
Foi inevitável, duas semanas depois lá estávamos nós, indo ao Matrinchã. Eu, logicamente, tinha como foco a pesca com mosca. Como meus avós foram conosco para almoçar, teríamos poucas horas de pesca. Assim que chegamos, percebemos que seria um dia produtivo, pois estava nublado e sem vento - clima adequado para o local. 

Enquanto preparava o fly, arremessei um equipamento mais pesado com pão de queijo; foi só a isca bater no fundo e um dos grandes redondos do lago atacou, secando a carretilha em poucos segundos e estourando no nó. Foi o bastante para nos animar, apesar de na pesca com iscas de fundo não termos mais ações no resto do dia. 
Meu pai ficou no lago ao lado do restaurante e fisgou várias carpas pequenas com ração na pinga e vara lisa. Os funcionários até quiseram colocar algumas no aquário do pesqueiro. 

Já na pescaria de flyfishing, a produtividade foi surpreendente. Comecei cevando com ração flutuante o local onde eu pescaria e rapidamente muitas tilápias juntaram, tanto pequenas quanto grandes. 
Por isso, escolhi como isca um esquema com EVA e miçanga maiores, para evitar a ação dos peixinhos. Usei um líder de duas partes (1,5 m de monofilamento 0,40 mm e um tippet de 1 m de monofilamento 0,35 mm),
Nos primeiros arremessos - que eram bem amadores, diga-se de passagem -, algumas tilápias maiores já deram botes na isca, mas refugavam. Então, coloquei somente a miçanga no anzol e um EVA funcionando como boinha guia, deixando o anzol a poucos centímetros de profundidade.
E foi fatal, logo estava com um peixe de porte médio na linha. 

Os arremessos seguintes também resultaram em fisgadas de boas tilápias. Bastava cevar com a mão a três metros da margem e aguardar; assim que as pequenas acabavam com a ração flutuante, alguma maior atacava a miçanga. 


Interrompemos a pescaria para o almoço, mas logo retornamos. Como estávamos quase indo embora, usei uma quantidade maior de ceva, o que atraiu mais tilápias grandes. 
Até meu pai quis pescar ali, e usando uma pequena isca artificial de meia-água, fisgou uma tilápia da variedade rendalli, que é mais agressiva e ataca ferozmente tudo o que invadir seu espaço. 

Em um momento, deixei minha isca na água por algum tempo após a ceva ter acabado, e foi aí que uma explosão na superfície me surpreendeu. Uma tilápia gigante estava fisgada, rendendo uma briga memorável no equipamento relativamente leve. Assim que ela prancheou, pude comprovar que era a maior que já havia fisgado, nosso recorde de tilápia que veio para encerrar bem a pescaria.


Mesmo sem ceva, ainda deu tempo de fisgar outra tilápia antes de irmos embora, comprovando o potencial do Matrinchã para o flyfishing

Isso foi um pouco das nossas histórias no Pesqueiro Matrinchã, espero que tenham gostado. Logo retornaremos ao pesqueiro em busca dos grandes redondos.
Abraços!

Por Pedro Daher

2 comentários:

  1. é isso ai Pedro é nos pegando uns bitelo de peixe
    Falo Irmão te +
    abrass

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  2. Obrigado grande Gustavo ;)
    Este pesqueiro oferece muitas emoções aos pescadores.
    Abraço,
    Pedro

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