Illustration credit: Vecteezy

domingo, 8 de janeiro de 2012

Engenho da Serra Hotel & EcoResort - Surreais pescarias de Inverno

Olá, amigos e leitores! Nossa equipe dessa vez descobriu um verdadeiro paraíso para a pesca esportiva no sudoeste mineiro, que mostrou seu potencial em pleno inverno! O local é o Engenho da Serra Hotel & EcoResort, em Capitólio - MG, ao lado do famoso Dique. O hotel possui uma estrutura impressionante, com piscinas, deck sobre o lago maior, sala de jogos, academia, quadras e várias outras opções de lazer.


Paraíso desconhecido

Conhecemos o Engenho da Serra pela internet e a única informação que tínhamos é que o local possuía alguns lagos para a pesca, com algumas poucas fotos de traíras e tilápias. Então, lá fomos eu (Pedro) e meu pai (Hilton) em busca de algumas fisgadas, em pleno inverno de julho de 2011.
Assim que chegamos, fomos informados de que a pescaria (pesca esportiva exclusivamente) era destinada somente aos hóspedes, mas como havia poucas pessoas pescando devido ao frio que assolava a região, poderíamos pescar pelo Day-Use
Então, escolhemos um dos lagos menores para pescar, já que havia alguns hóspedes no lago principal. 
Isquei um pequeno pedaço de mortadela numa tralha leve e arremessei sem nenhuma pretensão, mas em menos de trinta segundos, a vara envergou e lá estávamos com o primeiro peixe do dia, um lindo piauçu. 

Durante toda a manhã, tivemos ações de outros piauçus do mesmo porte, então acabamos não fotografando, mas estávamos impressionados com o potencial do local - mesmo tendo fisgado uma única espécie. 

A surpresa veio no meu equipamento mais leve, iscado com massa carnívora, que resultou em uma bela e saltadora matrinxã. 


Na parte da tarde, mais peixes fisgados, seja na minhoca, milho ou mortadela. Entre os vários piauçus, uma ou outra tilápia também era capturada. 


No fim da tarde, resolvemos arriscar alguns arremessos no lago maior, e os resultados foram impressionantes. De cara, um grande piauçu atacou o milho. 

Logo em seguida, outra matrinxã nos presenteou com seus lindos saltos e corridas e saiu para as fotos. 


Após muitas fisgadas, capturas, peixes perdidos e até um molinete quebrado por uma enorme matrinxã, tivemos que ir embora porque simplesmente ficamos sem iscas!
Mas antes de irmos, perguntamos se poderíamos voltar ao local para pescar pelo Day-Use e fomos autorizados, desde que não houvesse muito movimento no hotel.

Ouro do Engenho

Assim que chegamos da pescaria, fomos correndo contar ao meu avô Raimundo da descoberta daquele verdadeiro paraíso da pesca. A empolgação dele fez com que marcássemos outra pescaria no local algumas semanas após a primeira.
Nós teríamos que encerrar a pescaria no horário de almoço devido a alguns compromissos, mas o pouco tempo foi mais do que suficiente para que saíssemos mais que satisfeitos.
De antemão, queria fazer duas observações acerca das fotos que virão a seguir: a primeira é que elas foram tiradas por um telefone celular, e por isso a qualidade não está muito boa; a segunda é a respeito do malvisto alicate boga grip (que fere a mandíbula de exemplares de boca frágil quando manuseado erroneamente), pois o usamos com frequência nessas duas pescarias e fiz questão de colocar estas fotos, ressaltando que atualmente EVITAMOS ao máximo seu uso, mas que o usávamos no passado, comprovando que a conscientização é o melhor caminho para a prática correta da pesca esportiva. 
Então, vamos à pescaria! Iniciamos novamente em um dos lagos menores, mas a única ação foi de um piauçu fisgado pelo meu avô usando salsicha como isca. 

Assim que mudamos nosso foco para o lago principal, que estava vazio, o festival de fisgadas começou. Qualquer isca que caía na água era atacada em poucos minutos pelas vorazes matrinxãs. 


Eu queria fisgar uma espécie diferente, e por isso estava insistindo em modalidades variadas que evitassem as matrinxãs. Num equipamento classe 4lb que eu havia levado para capturar alguns piaus e tilápias, coloquei um pequeno pedaço de mortadela e arremessei paralelamente à margem oposta ao deck, ao lado de uma cerca, e lá o deixei no suporte. 
Passado muito tempo, quando eu já havia até me esquecido daquela vara, vi que um peixe pulou na direção em que a linha estava. Fui até lá acreditando ser uma matrinxã, e aliviei a fricção para diminuir o risco de perda, pois usava um pequeno anzol atado direto no monofilamento 0,25 mm. Mas a briga estava muito diferente, até que num salto de quase um metro de altura o enorme dourado mostrou toda sua imponência, fazendo minhas pernas bambearem. Só consegui respirar aliviado quando vi o peixe entrar no passaguá - momento exato em que a fina linha se rompeu. Mas ali estava o troféu da pescaria, o maior dourado registrado no Engenho da Serra até então. 

Era para esse lindo dourado ter literalmente encerrado nossa pescaria com chave de ouro, mas ainda arrisquei outro arremesso no mesmo local usando salsicha e dessa vez uma matrinxã gigante encontrou a isca e me proporcionou uma excelente briga, a última do dia. 

Como aquele local nos surpreendia a cada visita, na volta já estávamos marcando nosso retorno ao Engenho da Serra Hotel & EcoResort. 

Um gigante em meio à fartura

Nossa última pescaria na baixa temporada de 2011 no Engenho da Serra foi realizada no início de agosto. Novamente, fomos eu, meu pai e meu avô. 
Fomos direto para o lago principal e logo percebemos que o dia seria dos piauçus, que atacavam desde a mortadela no fundo até o pão flutuando. 


Até uma bela traíra atacou a mortadela de fundo no meio do lago e nos surpreendeu, mas até aí nada das matrinxãs. 

Elas só começaram a atacar nossas iscas após o almoço, quando resolvemos investir em iscas diferentes como pedaços de tuvira e moela de frango. 

Como de praxe, deixei uma tralha leve iscada com mortadela ao lado da porteira, para fisgar algo diferente. Enquanto isso, resolvi pescar com boia cevadeira atrás das matrinxãs, usando um chicote de 50 cm e como isca salsicha ou ração na pinga, e logo as prateadas apareceram. 

Passei a tarde toda pescando as saltadoras na superfície, pois era uma pescaria muito divertida e com ações incessantes. Só parei quando minha vara leve armada ao lado da porteira deitou e a fricção cantou alto. O curioso é que nesse momento eu estava com uma matrinxã fisgada, e acabei tendo que brigar com os dois peixes ao mesmo tempo. 
Somente quando vi o tamanho do piauçu fisgado no equipamento mais leve é que abandonei a outra vara e me dediquei na briga com aquele monstro, um dos maiores da espécie que eu já tinha visto. Após alguns minutos, o gigante saiu para as fotos. 

Depois de soltá-lo, fui recolher a outra vara e a matrinxã ainda estava fisgada. Fazer o que? Mais peixe para as fotos! 

O fim da tarde foi marcado pela presença de mais piauçus atacando nossas iscas. A espécie é muito esportiva e rende batalhas inesquecíveis se fisgadas com equipamento adequado (até 17lb). É importante frisar que no Engenho da Serra, tanto as matrinxãs quanto os piauçus e tilápias foram fisgados com cabos de aço de 40lb de resistência, o que não diminuiu a produtividade. 

E a nossa pescaria não poderia ser encerrada por outro peixe que não a matrinxã, a rainha soberana dos lagos do Engenho. Esta, fisgada com a infalível mortadela de fundo. 

Essas foram nossas pescarias no surreal Hotel Engenho da Serra, um local desconhecido e pouco explorado na pesca esportiva, mas com um potencial gigantesco.
Para consultar sobre a pesca no local, vale entrar no site www.hotelengenhodaserra.com.br/ e/ou telefonar, sanando todas as dúvidas com antecedência. Lembrando que para hóspedes a pescaria é permitida o ano todo, sendo limitada apenas no Day-Use na alta temporada.
Abraços!

Por Pedro Daher

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