Illustration credit: Vecteezy

sábado, 31 de dezembro de 2011

Represa de Furnas - Uma Pescaria em busca dos Tucunarés

Olá, amigos e leitores! A pescaria dessa vez foi realizada em Furnas, nas proximidades de Guapé - MG. Estávamos eu (Pedro), meu pai (Hilton) e o Nilson, um parceiro de pesca.
Fomos em busca dos tucunarés da represa, no mesmo local em que, em 2009, fisguei meu primeiro tucunaré-azul.

Saímos de Passos - MG bem cedo, compramos iscas vivas no caminho e seguimos viagem. Chegamos ao local de desembarque às 7h30min e logo estávamos com o barco na água. O tempo estava aberto, excelente para a nossa pescaria. 


Começamos a procura por galhadas com potencial para abrigar tucunarés, eu com um equipamento de flyfishing e os meus parceiros com lambaris e pequenos plugs de meia-água.
De início, não obtivemos ações, mas só de navegar nas águas da represa já vale a pena.

Então, resolvemos concentrar nossos arremessos em grotas mais profundas, e foi numa dessas - com uma pequena queda d'água ao fundo - que encontramos alguns bocudos. 

Usando um pequeno lambari como isca, direto no anzol sem chumbo, o Nilson fisgou o primeiro tucunaré da pescaria, um "trick" (peixe de pequeno porte, assim como os outros que fisgaríamos). 

As fisgadas continuaram e os pequenos bocudos estavam atacando ferozmente as iscas vivas, porém mais no fundo. Tínhamos de soltar a isca abaixo do barco e trabalhá-la no fundo para que eles atacassem. 


Resolvi insistir no fly, arremessando pequenas moscas mais no meio da grota, trabalhando-as lentamente na superfície. E foi aí que consegui fisgar meu primeiro tucunaré nessa modalidade, motivo de muita comemoração. 

Em seguida, mais fisgadas no fundo com iscas vivas e na superfície com moscas secas. Apesar do tamanho dos peixes, estávamos utilizando equipamentos bem leves, o que valorizava bastante as brigas. 


Pescamos a manhã inteira naquele ponto, pois os pequenos exemplares estavam ali encardumados, então acabamos nos entretendo. E pescá-los com equipamento de pesca com mosca no visual era uma sensação incrível, ainda mais pra mim, que iniciava na modalidade. 

Almoçamos às margens da represa, um típico "almoço de pescador". Enquanto descansávamos, meu pai ainda capturou uma bela tilápia com isca viva, mas não a fotografamos pois ela estava defendendo a prole, então ele a soltou rapidamente. 

As ações na parte da tarde ficaram por conta dos mandis, capturados com minhoca em poços fundos (com mais de 15 metros de profundidade). Vários exemplares foram fisgados - e soltos. Assim que escureceu, as ações dos pequenos bagres cessaram e decidimos encerrar a pescaria. 

Essa é a prova de que Furnas possui um excelente potencial de pesca esportiva apesar da depredação, que pode render muito se bem explorado. 

Por Pedro Daher

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Pesqueiro Rodriacqua - Duas pescarias com os Troféus desta nova opção de pesca em Minas

Olá, amigos e leitores! Nossa equipe aproveitou duas oportunidades para conhecer o Pesqueiro Rodriacqua (ou Pesqueiro do Cidão) em Monte Santo de Minas - MG, um local que vem despontando como nova opção para a pesca esportiva.
Sem dúvidas é um local com um grande potencial. Possui cinco lagos para a pesca, sendo os quatro menores destinados ao pesque-e-pague, com tilápias e matrinxãs, e o maior à pesca esportiva, com dourados, matrinxãs, carpas, redondos e jundiás.


Seu restaurante também é famoso na região, servindo comida self-service todos os dias num ambiente familiar e com uma bela vista para os lagos. 

Uma surpresa na Pesca com Mosca

A primeira visita que fizemos ao pesqueiro foi na volta de uma viagem em família que fizemos para São Paulo. Decidimos almoçar no local e eu (Pedro), logicamente, fui pescar. Havia acabado de ganhar um equipamento de flyfishing e desejava estreá-lo. 
Assim que cheguei, comprei um pouco de ração e comecei a cevar, enquanto arremessava um anzol com EVA e miçanga caramelho com o equipamento de fly. Algumas tilápias e muitas matrinxãs explodiram na ceva, mas eram manhosas e refugavam a miçanga. 
Então, meu pai foi dar uma volta no lago para tirar algumas fotos e me chamou, pois havia três carpas cabeçudas em torno da caída de água no lago. Elas se alimentam filtrando o zooplâncton existente na água, e ali pareciam estar se alimentando. 

Então, amassei um pouco de ração, fazendo uma espécie de "pó", e arremessei perto de onde elas estavam. Assim, as carpas rapidamente subiram e começaram a sugar a ração.
Comecei a arremessar a miçanga literalmente "na cara" delas, mas elas sempre refugavam. Até que, após muita insistência, uma delas sugou a isca por acidente e eu fisguei, tendo como resposta uma longa corrida.

Como a carpa cabeçuda possui uma boca sensível, não pude forçar muito, e a briga se estendeu por quase quarenta minutos, até que o peixe desse os primeiros sinais de cansaço. 

Mais um pouco de insistência se fez necessária para que o troféu entrasse no passaguá, para a nossa comemoração. Era o meu primeiro exemplar da espécie, e fisgado de uma maneira um tanto quanto incomum. 


Até os funcionários do local quiseram ver o feito, afinal a espécie nunca havia sido fisgada no pesqueiro até então. Até meu pai quis posar com o peixe. 

Fisgar uma carpa cabeçuda no fly, ainda mais num equipamento #5/6 - relativamente leve - foi um grande feito para mim, pois sou iniciante na modalidade e meu primeiro peixe já foi uma espécie raramente capturada nessa modalidade. 

Como estávamos apenas de passagem, assim que soltei a carpa, encerramos a pescaria e seguimos viagem, mas logo voltaríamos. 

Ouro de Inverno

Passados alguns meses, já em julho de 2012, meu pai teve de fazer uma viagem de negócios até Monte Santo de Minas, e perguntou se eu desejava ir ao Rodriacqua acompanhado do meu avô Raimundo. Rapidamente aceitei o convite, e mesmo com frio nos preparamos para a pescaria.
Novamente, não teríamos muito tempo de pesca, mas estava determinado em fisgar um dos grandes dourados que fazem a fama do pesqueiro.
Meu avô quis pescar tilápias, usando massas de fundo, porém sem sucesso. Eu insisti na pesca com tilapinhas e salsicha na boia torpedo em busca dos dourados, mas também não tive ações.
Até que meu pai chegou para irmos embora, e então falei para ele ir guardando as tralhas que eu ia caçar uma traíra com isca artificial. Escolhi uma meia-água transparente da Marine Sports, a Inna 70, trocando suas garateias por anzóis Chinu 2.
Num arremesso na lateral esquerda do lago, tomei uma pancada seca seguida de uma forte tomada de linha. De cara, sabia que não era uma traíra, fato que se comprovou com o lindo salto do dourado.
Aí as pernas bambearam e comecei a trabalhar o peixe com a fricção mais aberta, para não perdê-lo, já que estava sem cabo de aço. 

Devagar, o peixe foi cansando e prancheando, revelando sua beleza ímpar nas águas transparentes do pesqueiro. Uma captura um tanto quanto rara para o frio da época na região. 

Quando entrou no passaguá, pude comemorar tranquilo o meu novo recorde pessoal de dourado, o rei do rio.


Novamente, o Pesqueiro Rodriacqua havia me presenteado com um troféu em pouco tempo de pesca. Literalmente um prêmio que vale ouro na pesca esportiva. 

Fomos embora satisfeitos, mais uma vez. Restou apenas a vontade de visitar o local para uma pescaria de verdade, dedicando em busca das outras espécies do lago, mas isso já estamos organizando.
Abraços! 

Por Pedro Daher

Pesqueiro Arujá - Conhecendo o local em uma rápida pescaria no Lago 3

Olá, amigos e leitores!
Dessa vez, fomos conhecer o Pesqueiro Arujá, em uma rápida pescaria no local, no fim de dezembro de 2011.Eu (Pedro) tenho parentes em Mogi das Cruzes - SP, e sempre que vou à cidade busco pescar em algum local novo. E o pesqueiro da vez foi o Arujá. Localizado no Bairro da Peinha em Arujá - SP, conta com uma excelente estrutura e peixes gigantes.

Fomos eu, meu pai (Hilton) e meus tios de Mogi das Cruzes, por isso não pescaríamos por muito tempo. Logo que chegamos, escolhemos a lateral do Lago 1 para buscar as pirararas e algum tambacu, Mas o pesqueiro estava lotado e isso nos atrapalhou muito, acabamos não capturando nada, apenas vimos uma pirarara ser capturada do outro lado do lago.
Como combinamos de ir embora no horário de almoço, aproveitei o pouco tempo que restava para tentar uma carpa cabeçuda no lago 3, repleto delas.

Mas minha inexperiência na modalidade não me permitiu fisgar nenhuma. Então, um grupo de três pescadores chegaram ao local e começaram a pescar com massa de fundo, me passando algumas dicas. Eles fisgaram vários exemplares de redondos e tilápias. 


Eles me falaram que o lago é repleto de douradinhos que atacam com voracidade salsichas flutuantes. Então, preparei um equipamento leve com uma pequena boia de arremesso, chicote de 60 cm de linha 0,50 mm e um pequeno anzol com salsicha e arremessei no meio do lago. Foi a boia bater na água e já tinha peixe fisgado. 
Foram vários douradinhos em pouco tempo, e apesar de pequenos proporcionaram uma briga divertida e salvaram a manhã improdutiva. 

Enquanto isso, os pescadores continuaram suas capturas, com direito a uma linda carpa na massa carnívora. 

Meu pai chegou para irmos embora, mas disse para ele tentar fisgar algum dourado também. Assim, perdemos alguns minutos mas fisgamos mais alguns exemplares.
E, quando guardávamos as tralhas, minha última vara na água com salsicha de fundo envergou forte e uma bela briga teve início.

Como estava com um equipamento leve e sem empate de aço, trabalhei o peixe devagar, até que após muitas corridas rápidas o lindo tambacu prancheou e saiu para as fotos, sendo o troféu do dia. 

Então, fomos embora, satisfeitos com os resultados. Apesar de os gigantes não terem aparecido, o potencial do pesqueiro foi comprovado e esperamos retornar em um dia tranquilo e sem movimento para fisgá-los. O Pesqueiro Arujá vale a visita.

Por Pedro Daher

domingo, 18 de dezembro de 2011

Pesqueiro Primavera - Muitas fisgadas e a esperada Pirarara

Olá, amigos e leitores! 
Após dois meses da nossa primeira visita, retornamos ao Pesqueiro Primavera, no distrito industrial de São Joaquim da Barra- SP, em busca dos grandes peixes do lago esportivo. 
 Sua estrutura conta com três lagos, dois para a pesca por quilo e um para a pesca esportiva. O tanque 1 é o destinado à pesca esportiva e conta com pirararas, tambacus, pincacharas, piauçus, carpas entre outros. 

Os tanques 2 e 3 são destinados à pesca por quilo. O primeiro conta com redondos diversos, piauçus e catfishes e o segundo com grandes tilápias. 


Dessa vez, fomos eu(Pedro), meu pai (Hilton), meu avô (Raimundo) e meu tio (Paulo). 
Saímos de Passos - MG bem cedo e às 8h30min já estávamos no pesqueiros, sendo recebidos pelo proprietário William. Como estava chovendo, botamos as capas de chuva e fomos pescar. 
No primeiro arremesso, meu pai já teve ação, abrindo o dia com uma patinga fisgada com salsicha de fundo. 

Na sequência, fisguei um catfish com boia torpedo e salsicha próximo à margem. Tudo isso em menos de cinco minutos de pescaria.

Meu pai quis arriscar uns arremessos com equipamento UltraLight, e acabou fisgando um tambacu pela cauda, que deu muito trabalho para sair para as fotos.

O Paulo insistiu numa pescaria mais leve com minhoca e foi recompensado com um belo piauçu. 

O William decidiu pescar conosco e preparou os equipamentos pesados para fisgar as pirararas, mas a primeira fisgada foi de um catfish com peixinho vivo na margem.

Assim que o tempo abriu um pouco, os pequenos redondos iniciaram seu frenesi e a sequência de capturas com salsicha e jenipapo foi impressionante.


Na hora do almoço, deixei uma vara armada com tilapinha viva na margem e enquanto almoçávamos o alarme disparou. Saí correndo e confirmei a fisgada na boca de uma linda pinchachara. 


Depois do almoço, tivemos uma paradeira de ações. Então, desci para o tanque 3 e com um esquema improvisado de EVA e miçanga fisguei enormes tilápias em pouquíssimo tempo. 

Somente as 14h que os redondos voltaram a comer lentamente, sendo fisgados com massas azedas. 

Voltei ao lago desanimado e pedi algumas dicas ao William, para fisgar algum peixe maior. Ele me disse que uma pirarara havia estourado sua linha mais cedo e disse para que eu insistisse no peixinho vivo. Então, ele precisou sair e deixou os equipamentos dele comigo. 
Uma das carretilhas estava com uma tilapinha ainda viva, então soltei a linha, deixando-a na margem e na superfície, e saí dali. 
Assim que voltei, encontrei a linha esticada rumo ao aerador - eu tinha esquecido de travar a carretilha. Travei a fricção e fisguei, mas o peixe já estava enroscado. 
Coloquei o equipamento dentro da água e passei por trás do enrosco e percebi que o peixe já estava longe. Acredito que, como não sentiu resistência ao ser fisgado, o exemplar não se embrenhou na estrutura do aerador e só seguiu margeando o lago. Portanto, foi fácil segui-lo e recuperar linha. Como o equipamento era pesado, pude forçar um pouco mais até ver pela primeira vez o rabo vermelho na superfície. Aí as pernas já bambearam diante da realização de um sonho de infância e do medo de perdê-lo, mas o William chegou no exato momento de colocar o peixe dentro do passaguá. A primeira pirarara da nossa turma foi motivo de muita comemoração, até meu pai saiu na foto com o peixe.



Não preciso nem dizer que a partir daí a pescaria já havia valido a pena. Mas a tarde ainda nos premiaria com muitas capturas. A primeira foi de uma pincachara fisgada com isca artificial de meia-água - lembrando que as garateias foram trocadas por anzóis. 



Em seguida, as capturas foram de várias patingas e caranhas, todas com salsicha no fundo. São peixes de pequeno porte mas que brigam muito. 



As últimas fisgadas foram um bagre capturado pelo meu avô e um majestoso dourado fisgado pelo meu pai, ambos com salsicha na margem. 


Com o fim da tarde, tivemos várias ações de grandes tambacus, que brigavam mostrando seus "lombos" na superfície, mas não retiramos nenhum, pois ora escapavam ora as linhas e anzóis não suportavam. Usamos equipamentos indevidos para a pescaria dos "baguás" pela falta de experiência, mas fica de aprendizado para uma próxima vez. 
Essa foi nossa pescaria, espero que tenham gostado.
Abraços!
Por Pedro Daher